O que é
A síndrome do intestino irritável é um distúrbio do intestino da sua parte funcional. O seu diagnóstico é baseado em sintomas e na ausência de causas orgânicas detectáveis.
É caracterizada por alteração no hábito intestinal que podem ser a constipação e/ou diarréia associados com dor e/ou desconforto abdominal. Os sintomas podem se apresentar ocasionalmente e por isso tem se ressaltado o caráter crônico e recorrente da síndrome e têm sido propostos critérios para o diagnóstico com base na frequência de aparição de sintomas.
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Para o diagnóstico pelo gastroenterologista, utiliza-se o critério de Roma III, que foi elaborado em um consenso mundialmente reconhecido, realizado por especialistas de distúrbios funcionais do trato gastrintestinal. De acordo com esse critério, devem estar presentes dor abdominal recorrente ou desconforto por pelo menos três dias por mês nos últimos seis meses, associados com os seguintes itens:
melhora das dores com defecação;
Mudança na frequência da defecação;
Mudança na aparência (forma) das fezes.
Como pode te afetar
A sua rotina pode se tornar um pouco complicada se for portador dessa síndrome, visto que um alimento pode desencadear todo um processo que pode te constipar e nos piores casos, causar uma diarréia. Saber quais tipos de alimentos você pode ingerir pode facilitar o seu dia a dia.
Qual melhor tratamento dietoterápico?
Usualmente, a dieta dos portadores da síndrome são deficientes em cálcio, magnésio, fósforo, riboflavina (vitamina B2), potássio e vitamina A. Por outro lado, é rica em vitamina C e E, folato, ferro e fibras.
Atualmente a dieta de retirada de alimentos ricos em FODMAPs (Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides and Polyols), sendo sua tradução oligossacarídeos (frutanos e galactanos), dissacarídeos (lactose), monossacarídeos (frutose) e polióis fermentáveis têm se mostrado eficaz na redução de sintomas da síndrome.
Alimentos considerados ricos em FODMAP:
Oligossacarídeo: alcachofra, aspargos, brócolis, repolho, cebola, ervilhas, centeio, trigo, grão de bico, melancia.
Dissacarídeo: leite de vaca, cabra e ovelha, queijos ricota e cottage, iogurte e sorvete.
Monossacarídeo: maçã, pera, manga, pêssego, mel, xarope de milho.
Polióis: cereja, ameixa, abacate, cogumelos, couve flor.
Alimentos considerados pobres em FODMAP:
Oligossacarídeo: cenoura, berinjela, aipo, alface, vagens, tomate, cereais isentos de glúten.
Dissacarídeo: leites sem lactose, leite de arroz, queijo brie, iogurte isento de lactose.
Monossacarídeo: banana, mirtilo, uva, melão, laranja, morango, xarope de ácer.
Polióis: limão, lima, laranja, framboesa, açúcar, glicose, sucralose, sacarina, aspartame.
A conduta deve ser individualizada, identificando quais alimentos são mais causadores dos sintomas e quais são aqueles mais toleráveis para evitar restrição alimentar muito severa.
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